Acabei hoje de ler o Livro “O Jogo do Anjo”, posso dizer que é um livro que AMEI. Já tinha adorado o Livro “A sombra do Vento”, mas este livro… O que mais aprecio quando leu um livro é entrar nele, sentir, quase que fosse a personagem. Emocionar-me ao ler certas partes.. É sem dúvida espectacular. Recomendo vivamente. É um livro cheio suspense, de enigmas, com historia de amor e amizade. Dentro do género do livro “Sombra do Vento”utilizou neste último lugares idênticos como o “cemitério dos livros esquecidos” e personagens.
Este romance é um jogo em que nos vamos deparando com uma mistura entre o real e o fantástico. Faz-nos entrar em cenários de tal maneira fantasiosos como se de uma projecção a três dimensões se tratasse.
Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita algumas moedas ou um elogio em troca de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente o doce veneno da vaidade no sangue e começa a acreditar que, se conseguir disfarçar sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de garantir um teto sobre sua cabeça, um prato quente no final do dia e aquilo que mais deseja: seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente vai viver mais do que ele. Um escritor está condenado a recordar esse momento porque, a partir daí, ele está perdido e sua alma já tem um preço.
Segundo o autor : “O Jogo do Anjo é, a meu ver, uma história de mistério e romance. É novamente uma história de livros, de quem os faz, de quem os lê e de quem vive com eles, através deles e até contra eles. É uma história de amor, amizade e, em alguns momentos, sobre o lado obscuro de cada um de nós. Pelo menos essa é minha ambição, oferecer ao leitor uma experiência intensa e convidá-lo ao jogo da literatura.”
Sinopse
O protagonista e narrador do romance é David Martín, um jovem escritor que vive em Barcelona na década de 20. Aos 28 anos, desiludido no amor e na vida profissional e gravemente doente, o escritor David vive sozinha sozinho num casarão em ruínas. É quando surge Andreas Corelli, um estrangeiro que se diz editor de livros. Sua origem exata é um mistério, mas sua fala é suave e sedutora. Ele promete a David muito dinheiro, e sua simples aparição parece devolver a saúde ao escritor. Contudo, o que ele pede em troca não é pouco. E o preço real dessa encomenda é o que David precisará descobrir.
Zafón diz que pretende construir uma tetralogia e que as histórias de todos os volumes se situarão em algum período entre a Revolução Industrial e o final da Segunda Guerra Mundial: “A Sombra do Vento abrange a primeira metade do século XX, e um pouco mais. O Jogo do Anjo faz referência a acontecimentos que vão de 1904 a 1945.” No entanto, nenhuma delas será a continuação da outra: “As quatro novelas poderão ser lidas de maneira independente”, esclarece o autor.
Quando perguntado se O Jogo do Anjo é melhor que A Sombra do Vento, não tem dúvidas ao responder que sim: “Eu gosto mais. Entre outras coisas porque a anterior comecei a escrever há quase dez anos. Quero acreditar que aprendi alguma coisa nesse tempo. Além disso, é um livro menos tímido. Eu vinha da literatura juvenil, e A Sombra do Vento é deliberadamente mais amável que O Jogo do Anjo. Um dos motivos é porque foi escrita através dos olhos de um menino que estava amadurecendo. Agora fui mais valente e escrevi a irmã perversa de A Sombra do Vento. É mais dickensiana.” E completa: “O Jogo do Anjo é mais interessante porque aprofunda e amplia novos aspectos excitantes da Barcelona dos anos 20. A cidade continua sendo um personagem fundamental, mas agora explorei mais seus aspectos góticos.”
Sobre o autor: CARLOS RUIZ ZAFÓN nasceu em Barcelona, em 25 de setembro de 1964. Iniciou sua carreira literária em 1993 com El Príncipe de la Niebla (Premio Edebé), a que se seguem El Palacio de la Medianoche, Las Luces de Septiembre e Marina.