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sexta-feira, janeiro 16, 2009

O Jogo do Anjo



Acabei hoje de ler o Livro “O Jogo do Anjo”, posso dizer que é um livro que AMEI. Já tinha adorado o Livro “A sombra do Vento”, mas este livro… O que mais aprecio quando leu um livro é entrar nele, sentir, quase que fosse a personagem. Emocionar-me ao ler certas partes.. É sem dúvida espectacular. Recomendo vivamente. É um livro cheio suspense, de enigmas, com historia de amor e amizade. Dentro do género do livro “Sombra do Vento”utilizou neste último lugares idênticos como o “cemitério dos livros esquecidos” e personagens.
Este romance é um jogo em que nos vamos deparando com uma mistura entre o real e o fantástico. Faz-nos entrar em cenários de tal maneira fantasiosos como se de uma projecção a três dimensões se tratasse.

Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita algumas moedas ou um elogio em troca de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente o doce veneno da vaidade no sangue e começa a acreditar que, se conseguir disfarçar sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de garantir um teto sobre sua cabeça, um prato quente no final do dia e aquilo que mais deseja: seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente vai viver mais do que ele. Um escritor está condenado a recordar esse momento porque, a partir daí, ele está perdido e sua alma já tem um preço.

Segundo o autor : “O Jogo do Anjo é, a meu ver, uma história de mistério e romance. É novamente uma história de livros, de quem os faz, de quem os lê e de quem vive com eles, através deles e até contra eles. É uma história de amor, amizade e, em alguns momentos, sobre o lado obscuro de cada um de nós. Pelo menos essa é minha ambição, oferecer ao leitor uma experiência intensa e convidá-lo ao jogo da literatura.”

Sinopse
O protagonista e narrador do romance é David Martín, um jovem escritor que vive em Barcelona na década de 20. Aos 28 anos, desiludido no amor e na vida profissional e gravemente doente, o escritor David vive sozinha sozinho num casarão em ruínas. É quando surge Andreas Corelli, um estrangeiro que se diz editor de livros. Sua origem exata é um mistério, mas sua fala é suave e sedutora. Ele promete a David muito dinheiro, e sua simples aparição parece devolver a saúde ao escritor. Contudo, o que ele pede em troca não é pouco. E o preço real dessa encomenda é o que David precisará descobrir.

Zafón diz que pretende construir uma tetralogia e que as histórias de todos os volumes se situarão em algum período entre a Revolução Industrial e o final da Segunda Guerra Mundial: “A Sombra do Vento abrange a primeira metade do século XX, e um pouco mais. O Jogo do Anjo faz referência a acontecimentos que vão de 1904 a 1945.” No entanto, nenhuma delas será a continuação da outra: “As quatro novelas poderão ser lidas de maneira independente”, esclarece o autor.

Quando perguntado se O Jogo do Anjo é melhor que A Sombra do Vento, não tem dúvidas ao responder que sim: “Eu gosto mais. Entre outras coisas porque a anterior comecei a escrever há quase dez anos. Quero acreditar que aprendi alguma coisa nesse tempo. Além disso, é um livro menos tímido. Eu vinha da literatura juvenil, e A Sombra do Vento é deliberadamente mais amável que O Jogo do Anjo. Um dos motivos é porque foi escrita através dos olhos de um menino que estava amadurecendo. Agora fui mais valente e escrevi a irmã perversa de A Sombra do Vento. É mais dickensiana.” E completa: “O Jogo do Anjo é mais interessante porque aprofunda e amplia novos aspectos excitantes da Barcelona dos anos 20. A cidade continua sendo um personagem fundamental, mas agora explorei mais seus aspectos góticos.”
Sobre o autor: CARLOS RUIZ ZAFÓN nasceu em Barcelona, em 25 de setembro de 1964. Iniciou sua carreira literária em 1993 com El Príncipe de la Niebla (Premio Edebé), a que se seguem El Palacio de la Medianoche, Las Luces de Septiembre e Marina.

quinta-feira, março 29, 2007

Memórias de uma Gueixa

Sayuri tinha um olhar invulgarmente belo, de um cinzento translúcido, aquático, a reflectir uma míriade de cristais límpidos o brilho prismático e incandescente do universo perfeito e atroz sobre o qual repousava. Era uma transparência súbita, inesperada, a contrastar violentamente com a estranha opacidade branca da máscara onde sobressaíam uns lábios exageradamente vermelhos. E se os olhos ainda reflectiam Chiyo, a menina de nove anos, filha de pescadores, de uma cidade remota, junto ao mar, a máscara inquietantemente delicada, o penteado ostentivo, a sumptuosidade dos quimonos de brocados, ricamente ornamentados, pertenciam à mulher em que ela se tinha tornado, Sayuri, uma das mais célebres gueixas do Japão dos anos 30. É este mundo anómalo, secreto e decadente, construído sobre cenários de papel de arroz e que parece ser a manifestação da própria fantasia erótica masculina que Golden evoca com uma autenticidade notável e um lirismo requintadamente raro. Um romance sobre o desejo e a natureza indomitável do espírito humano; desafiador, cativante pela pureza da prosa, pela prodigalidade das nuances, das atmosferas, das imagens esculpidas com a precisão e subtileza da arte do Bonsai. Memórias de uma Gueixa é o primeiro romance de Arthur Golden, uma obra admirável que rapidamente se tornou um sucesso internacional.




Sinopse

Um pescador viúvo oferece as filhas, uma delas com apenas nove anos, para que se tornem gueixas. O destino parecia estar traçado, ainda em plena infância. No entanto, o tempo mostrara a determinação de uma menina-mulher em se tornar uma das mais famosas gueixas. Memórias de uma Gueixa é um romance fascinante, nesta obra fica a conhecer a cultura japonesa, um romance sobre a sexualidade ou ainda como a melhor descrição da alma feminina já apresentada por um homem.



Não dá para parar de ler, está escrito de forma tão fantástica que por vezes parece que a própria protagonista fala-nos pessoalmente. Ao ler este livro senti uma mistura de sensações. É uma história maravilhosa, com conteúdo muito interessante sobre a cultura oriental. A forma como a história é contada é fascinante, dá a impressão de realidade.

O livro é viciante da primeira à última frase.

A última frase marcou-me.

“… Mas agora sei que o nosso mundo não é mais permanente do que uma onda a erguer-se no oceano. E quaisquer que sejam as nossas lutas e triunfos, como quer que os possamos sofrer, muito rapidamente se dissolvem todos numa aguada, como a tinta de pintar no papel”.

Só acabei de lê-lo esta manhã e já estou com saudades.

Quero ver se vejo ainda esta semana o filme, fiquei muito curiosa em ver os quimonos que usam, no livro fazem uma discrição do vestuário, sendo um grande tesouro.